Dedicado à antiga Manoel Moll
Na primeira noite eles se aproximam
e mudam o nome da sua rua
para Dionísio Antônio Carvalho.
E não dizemos nada.
Na segunda noite, já não se escondem;
fecham o primeiro botequim,
matam nossa galinha preta,
e não dizemos nada.
Até que um dia,
o mais frágil deles
entra sozinho em nossa rua,
rouba-nos o dízimo, e,
conhecendo nosso medo, constroem uma igreja
arranca-nos a voz que cantava samba da garganta.
E já não podemos dizer nada. Só amém!
15 de maio de 2015, escrito e postado por mim no Facebook.
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